O texto aponta crescimento do
número de assassinatos em 2015
O relatório
“Conflitos no Campo Brasil 2015” traz dados sobre violências sofridas por
trabalhadores da zona rural, entre eles, indígenas, quilombolas e povos
tradicionais. O documento está na 31ª edição e aponta, que no ano passado, foi
registrado maior número de assassinatos em conflitos no campo dos últimos doze
anos, com cinquenta assassinatos.
Na
apresentação do relatório, na sexta-feira, 15, o bispo de Balsas (MA) e
presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dom Enemésio Angelo Lazzaris,
destacou que “no campo dezenas de indígenas, quilombolas, pescadores,
extrativistas, homens e mulheres, famílias de assentados e acampados são
eliminados de seus territórios”. O bispo pediu que haja atenção especial do
governo ao povo que vive nos campos, no combate a toda forma de
violência.
De acordo
com dados do relatório, dos 50 assassinatos que ocorreram na região Norte, 19
são Pará, 20 de Rondônia e 1 no Amazonas. Outra constatação foi que, na Amazônia,
ocorreram 30 das 59 tentativas de assassinato; 93 das 144 pessoas ameaçadas de
morte; 66 dos 80 camponeses presos; 94 dos 187 agredidos fisicamente; 529 dos
998 conflitos por terra; 571 das 795 famílias expulsas da terra; 2.866 das
13.903 famílias despejadas, com destaque para o Mato Grosso (1090), Rondônia
(694) e Amazônia (640).
A CPT
apontou, ainda, que os conflitos pela água cresceram 6%, em 2014, atingindo o
total de 135 atos violentos em 2015. Trata-se do o maior número de conflitos
registrado pela CPT desde 2002.
CNBB
com informações e fotos das POM.
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