Durante 54ª
Assembleia Geral da CNBB, coordenação da Pastoral apresentou trabalhos e
projetos

Na ocasião,
foi lembrada a menção à Pastoral da Aids no Documento de Aparecida, publicado
pelo Conselho Episcopal Latino-Americano, após o encontro de 2007. A indicação
de fomento do serviço pastoral às pessoas com HIV/Aids “confirmou o trabalho
que a Pastoral vinha desenvolvendo desde 2002”.
Durante a
exposição, houve a recordação do trabalho. A “caminhada pastoral” remete ao
início da epidemia da doença na década de 1980, época em que a Igreja já estava
presente na vida das pessoas que foram infectadas.
Falaram da
articulação com a CNBB e as Pastorais Sociais, com o estabelecimento de uma
“comissão técnico científica” dentro da Pastoral da Saúde que tratou do tema.
Neste período, houve a indicação de dom Eugênio Rixen para o acompanhamento da
Pastoral, que foi criada em fevereiro de 2002.
A
espiritualidade do serviço da Pastoral da Aids, de acordo com a coordenação
nacional, está baseada nas passagens da parábola do bom samaritano e da cura do
cego Bartimeu. “A Pastoral da Aids procura combater as forças que sufocam,
escondem, deixam na clandestinidade as pessoas que vivem com HIV ou Aids. Ao
mesmo tempo, os agentes são convidados a incentivar a organização e apoiar os
movimentos que gritam para defender e promover os seus direitos”, contou frei
Bernardi.
Campos de
atuação
A Pastoral
da Aids atua organizada em quatro linhas de ação: formação de agentes,
prevenção, acompanhamento às pessoas vivendo e convivendo com HIV e incidência
política. “São elas que dão o rosto e a contribuição da Pastoral para o
enfrentamento da epidemia no Brasil”, explicou frei Bernardi.
Trabalho em
parceria
“Para um
problema complexo, dificilmente somente uma instituição é capaz de oferecer
todas as respostas”, afirmam os coordenadores. Esta realidade exige um trabalho
em rede, “mesmo quando não há concordância total com os demais sujeitos sociais
que participam do enfrentamento da epidemia”. A Pastoral realiza parcerias com
o Ministério da Saúde, especialmente com o Departameto de DST, Aids e Hepatites
Virais; outras organizações governamentais e internacionais; outras Pastorais e
organizações não governamentais, como Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV
e a Rede de Jovens Vivendo e Convivendo com HIV; e recebe a colaboração de
agências católicas internacionais nas atividades.
Gratidão
“Compreendemos
que muitas pessoas sejam reticentes a este trabalho e muitas vezes
experimentamos fracassos e desilusões. No entanto, temos convicção de que muita
gente redescobre o sentido da vida por causa do contato com a Pastoral e seus
agentes”, partilharam os membros da coordenação.
Agradecendo
pela possibilidade de “manifestar o rosto misericordioso de Deus e sinalizar o
amor incondicional do Pai que nos ama apesar de tudo”, a Pastoral ressalta o
acolhimento em pelo menos 170 dioceses do Brasil, com coordenações em 14
regionais da CNBB.
“Agradecemos
calorosamente cada bispo, cada padre, cada religioso e religiosa, cada leigo e
leiga que aceitou o desafio de enfrentar esse tema e que abriu espaço para que
a Igreja se fizesse presente nestes ambientes”, manifestaram.
Diagnóstico
precoce
Outro tema
abordado nesta comunicação da 54ª Assembleia Geral da CNBB foi a Campanha de
Diagnóstico Precoce do vírus HIV, promovida em 2014, numa parceria da Pastoral
com a CNBB e o Ministério da Saúde. O tema de trabalho escolhido foi “Cuide bem
de você e de todos os que você ama. Faça o teste HIV”. O objetivo, estendido
aos bispos durante esta assembleia, é incentivar o diagnóstico precoce do HIV
para, assim, contribuir com a otimização do tratamento e evitar novas
infecções.
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