O retiro
ocorrido no sábado e concluído ontem, 10, contou com a pregação do presidente
do Pontifício Conselho para a Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi. Segundo o
arcebispo, o cardeal abordou a temática da misericórdia divina.
O arcebispo
comentou que as palavras proferidas por Gianfranco durante o retiro foram “bem
fundamentadas do ponto de vista bíblico e cultural” e concluiu dizendo que
Gianfranco se apoiou em vários escritores e autores renomados. “Foi um retiro
muito proveitoso, agradável” e de “uma linguagem fácil, apesar de o cardeal
falar italiano”, salientou dom Raymundo.
O
arcebispo falou, ainda, sobre a exortação apostólica do papa
Francisco Amoris Letitia, especialmente os capítulos 6 e
8. Dom Damasceno destacou as perspectivas pastorais presentes no capítulo 6 do
texto. “O papa chama a atenção para o anúncio do evangelho da
família”. Ainda de acordo com ele, no capítulo, o matrimônio é colocado como
uma vocação. “Matrimônio não é loteria, não é uma aventura. É um caminho de realização
para duas pessoas”, acrescentou.
Na
sequência, o cardeal afirmou que o documento fala de acompanhamentos, de
atitudes pastorais em relação ao matrimônio e destacou que o papa
insiste, como por exemplo, na Pastoral Familiar, bem como na capacitação
daqueles que, de alguma forma, atuam junto às famílias, desde os futuros
presbíteros como os casais.
O
cardeal afirma ainda que o documento é um acompanhamento do namoro, do noivado
até o casamento.
Já em
relação a união homossexual, que também é tratada no documento, o
cardeal disse que a posição da Igreja deve ser de acolhida. “Não
podemos equiparar, mas temos que respeitar, acolhê-las”. E ao finalizar o
capítulo 6, o cardeal complementou dizendo que “a família é fundamental não só
para a sociedade, mas também para a Igreja. Pela família que passa o
futuro da humanidade”.
“Acompanhar, discernir e integrar
a fragilidade”
Sobre o
capítulo 8, que tem como título “Acompanhar, discernir e integrar a
fragilidade”, o cardeal explica que nele, o papa insiste em lembrar que cada
caso é um caso. “O papa lembra que é fundamental o acompanhamento de cada caso,
sem ignorar a complexidade de cada ocasião. É importante se chegar a um
discernimento”, ressaltou.
Ao final,
falou que o documento é muito aberto para os casais que vivem em uma
segunda união e que, principalmente no capítulo 8, o papa utiliza duas
palavras: integração e discernimento. “É importante cultivar a cultura do
diálogo, nunca de exclusão, mesmo que a pessoa esteja em uma situação
irregular, isso não a exclui da comunidade, da igreja”, elucidou.
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