“Cristãos leigos e leigas na Igreja e na
sociedade. Sal da terra e luz do mundo” é o título do texto que, se aprovado
pelos bispos, pode tornar-se documento da CNBB
Na ocasião,
foram expostas a redação, estrutura e repercussão do texto nos regionais e
diversos ambientes eclesiais no País.
O bispo de
Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom
Severino Clasen, abordou o caminho histórico de redação do material. Dom
Severino mencionou que “o fruto das reflexões e estudos dos bispos referenciais
estimulou o debate sobre o laicato e que por ocasião do aniversário do Vaticano
II, ganhou mais força ainda”.
Repercussão
O
vice-presidente do Conselho Nacional de Leigos (CNL) e assessor da Comissão
para o Laicato, Laudelino Augusto, testemunhou a repercussão do texto. “O
tema foi estudado nas assembleias regionais da CNBB, nas paróquias, movimentos,
associações laicais, novas comunidades, pelos profissionais e no mundo
político. As assessorias aos encontros acontecidos, desde a primeira versão do
documento, mostraram a expectativa em torno da reflexão”. A divulgação
do texto teve a finalidade de ajudar o cristão leigo a se reconhecer como
sujeito na ação eclesial na sociedade.
Estrutura
A estrutura
do texto foi apresentada pelo arcebispo de Londrina (PR) e presidente da Comissão
para o Tema Central da Assembleia, dom Orlando Brandes. Conforme
explicação, a versão ampliada do Estudo 107 possui uma perspectiva
pastoral e está organizado conforme o método “Ver, Julgar e Agir”, utilizado
pela Igreja no Brasil em seus documentos. O texto inspira-se na matriz eclesial
do Concílio Vaticano II, com um acento no Documento de Aparecida e na exortação
apostólica Evangelii Gaudium. Está estruturado a partir de dois
eixos: o leigo como sujeito da ação pastoral e o mundo como primeiro campo de
atuação do leigo.
O primeiro
capítulo mostra o rosto atual do cristão leigo, o mundo como o primeiro campo
de ação deste sujeito eclesial e as características do mundo globalizado, no
qual a missão se desenvolve. O segundo capítulo trata do leigo como
"discípulo missionário e cidadão". Nele são abordadas a identidade e
a vocação laical, os âmbitos da comunhão eclesial e a atuação do leigo como sujeito.
No terceiro capítulo é relatada a natureza da ação transformadora do cristão
leigo na Igreja e no mundo, com seus areópagos modernos.
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